A palmeira de Kairouan
Soletro Kairouan nesta casa vazia
sem arcos de passagem onde abrigar
a tua ausência. Soletro cada pedaço de céu
nas tuas portas, na poeira das ruas que se eleva
para tecer as nuvens com a lã dos tapetes.
Hora da prece. Oiço a tua voz nas margens de Kairouan,
os joelhos colados ao chão vistos de fora. Vou desenhando
círculos à volta do poço. Sísifo trabalha a minha água,
o eterno retorno a Kairouan. Quem te fez azul:
porta, janela, arcada, passeio simétrico do branco?
Quem fez de Kairouan o céu do meio dia? E contudo terra