Essas palavras ainda por dizer
Puesia
BRANCO Rosa Alice
1-prima versione
Queria dizer-te
uma fonte clara pendida no meu olhar
Abril aí se joga com os cantos da água
O amentilho encanta-se com tanta força nova
Queria dizer-te
as mil histórias ousadas que a sombra semeia
quando Agosto febril arde em deleite
para o homem inquieto no limiar do instante
Queria dizer-te
as cinzas do Inverno escondem um desejo em fogo
e o coração adormecido arrasta o seu pulsar
amanhã brotarão as flores da amendoeira
Queria dizer-te
um ilhota colocada no côncavo da onda
apura lenta lenta a forma do contorno
naquela moura voz vai aprendendo o nome
Queria dizer-te
sobre este muro sombrio desponta uma ária de ar
quer falar das revoltas e do amor e dos mundos
e canta a crença nas palavras ainda por dizer.
2-seconda versione
Quero dizer-te
uma fonte clara pendida no meu olhar
Abril aí se joga com os cantos da água
o renovo encanta-se com tanta força nova
Quero dizer-te
as mil histórias ousadas que a sombra semeia
quando Agosto febril vai ardendo em deleite
para o homem transido no limiar do instante
Quero dizer-te
as cinzas do Inverno escondem-se no seu rubro
e o coração amolecido abranda o fulgor
amanhã brotarão as flores da amendoeira
Quero dizer-te
um ilhota colocada no côncavo da onda
apura lentamente a forma dos seus bordos
naquela moura voz vai aprendendo o nome
Quero dizer-te
sobre este muro sombrio desponta uma arieta
quer falar das revoltas e do amor e dos mundos
e canta a crença nas palavras ainda por dizer.
3-versione definitiva
Quero dizer-te
uma fonte clara pendida no meu olhar
Abril aí se joga com os cantos da água
o renovo encanta-se com tanta força nova
Quero dizer-te
as mil histórias ousadas que a sombra semeia
quando Agosto febril vai ardendo em deleite
para o homem transido no limiar do instante
Quero dizer-te
as cinzas do Inverno escondem-se no seu rubro
e o coração amolecido abranda o fulgor
amanhã brotarão as flores da amendoeira
Quero dizer-te
um ilhota colocada no côncavo da onda
apura lentamente a forma dos seus bordos
naquela moura voz vai aprendendo o nome
Quero dizer-te
sobre este muro sombrio desponta uma arieta
quer falar das revoltas e do amor e dos mundos
e canta a crença nas palavras ainda por dizer.